A importância da cortiça para a Economia Portuguesa

Em Portugal existem setores de atividade que continuam a crescer apesar da crise económica que se faz sentir. A indústria da cortiça é um bom exemplo disso e pode ser uma boa forma do país crescer economicamente sobretudo por causa da sua diferenciação relativamente a outros setores.

Portugal exporta cerca de 700 milhões de euros e a sua importância cresce cada vez mais a nível nacional e internacional, sendo os produtos de cortiça cada vez mais reconhecidos devido às suas propriedades amigas do ambiente. Portugal é o maior exportador de produtos de cortiça do Mundo.

As rolhas para garrafas de vinho são o principal produto da indústria e representam 60% do total das exportações. Mas a indústria rompeu com o padrão que tinha no passado e novos e variados campos de aplicação têm sido exploradas com sucesso: produtos relacionados com a construção em que a cortiça se aplica como isolamento, representam 15% das exportações totais. Vestuário, calçado, produtos de moda (bolsas, carteiras, jóias), luvas para notebooks, louças, móveis e iluminação são alguns dos exemplos de produtos em que a cortiça pode ser aplicada.

Assim, a renovação tem sido o caminho para a indústria da cortiça em Portugal para ir além da tradição e por isso o setor está a trazer um novo paradigma ao mercado, através de uma ampla gama de produtos, diversificando a oferta com o objetivo de evitar ser completamente dependente do desempenho de um único produto, a rolha, e conquistando assim novos segmentos de mercado.

A crise no mercado internacional

No auge da crise nos mercados internacionais em 2009, o setor perdeu muito valor de vendas, mas agora mostra sinais de recuperação. As empresas portuguesas de cortiça estão a aumentar as suas exportações para a maioria dos países importadores, como a França, os EUA, Alemanha, Reino Unido, Alemanha, Espanha, entre outros.

Embora a crise nacional possa criar uma certa tensão social, o setor corticeiro muito provavelmente não será um contribuidor para o desemprego.