Longe vão os tempos em que a cortiça servia apenas para rolhas e pouco mais. Actualmente, ela é o produto-estrela usado em peças de design moderno, único e inovador, tornando-se em algo mais trendy na vida das pessoas.
Aplicável em mobiliário e candeeiros, objectos de cozinha, brinquedos para pequenos e graúdos, a cortiça – que provém dos sobreiros, árvores que chegam a durar centenas de anos – destaca-se por ser impermeável, flutuante, durável, resistente ao fogo, 100% amiga do ambiente e biodegradável. De facto, os países produtores da matéria – Portugal (que encabeça a lista, assegurando cerca de 50% da produção total), Espanha, França, Marrocos, Itália, Algéria e Tunísia – usam um método de extracção seguríssimo para a árvore, que não é cortada, e cuja superfície não sofre nenhum tipo de dano. Mais uma curiosidade? A extracção é feita a cada nove anos, o tempo necessário para a regeneração da espécie.
Na Corkway, loja online sedeada em Portugal, é possível encontrar um extensivo rol de produtos feitos em cortiça com a máxima excelência e qualidade, produzidos quer nacional, quer internacionalmente. Além disso, o website representa ainda um importante arquivo de vários tipos de informação acerca desta matéria-prima, sendo por isso um local informativo e educativo no sentido de ajudar a criar um mundo melhor.
Sendo as peças assinadas por nomes com créditos mais do que firmados na área, passamos a uma breve apresentação destes designers…
Miguel Vieira Baptista
Formado pelo IADE Lisboa e pela Glasgow School of Art, desde o ano 2000 que Miguel Vieira Baptista combina a sua principal actividade de designer de produto com diversos projectos de exposição e interiores para a experimentadesign e a Moda Lisboa, entre outras entidades.
O designer combina a prática projectual com a actividade docente no curso de design industrial da ESAD.CR, nas Caldas da Rainha.
A atenção ao detalhe e a conjugação de referências eruditas e populares conferem eloquência e carisma às suas peças, que vão desde edições limitadas para galerias, a objectos editados por marcas. Apresentados internacionalmente, os trabalhos de Miguel Vieira Baptista figuram na colecção permanente do MUDE – Museu do Design e da Moda, em Lisboa.
Big – Game
Big – Game é um estúdio de design fundado em 2004 por Grégoire JeanMonod (Suíça), Elric Petit (Bélgica) e Augustin Scott de Martinville (França).
Sediado em Lausanne, o trio desenvolve peças de mobiliário, iluminação e decoração, reconhecendo-se em termos como “geometria descritiva” e “economia de meios” quando falam do seu trabalho.
Tendo sido distinguidos com o Swiss Federal Design Award, em 2006 e 2010, para além da actividade projectual, todos os membros de Big – Game leccionam design na ECAL – École Cantonal D’ Art de Lausanne.
Fernando Brízio
Licenciado em Design de Produto, em 1996, pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, cidade onde vive e trabalha, tem desenvolvido objectos produzidos industrialmente bem como séries limitadas artesanais, a par de exposições, cenários, espaços interiores e exteriores, para diversas entidades e empresas.
Professor e coordenador do mestrado em design industrial da ESAD.CR, exibido e publicado internacionalmente, os seus trabalhos compõem a colecção permanente do MUDE, bem como algumas colecções particulares.
Filipe Alarcão
O designer industrial Filipe Alarcão formou-se na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e na Domus Academy de Milão, onde permaneceu após concluir o mestrado.
Trabalhando a partir do seu estúdio em Lisboa, desenvolve projectos de mobiliário, equipamento urbano, iluminação, cerâmica e vidro para algumas empresas.
Filipe tem ainda assumido a direcção artística de linhas de produtos para algumas destas empresas, graças à sua visão estratégica do design, que alia qualidade e funcionalidade, a uma criteriosa atenção às necessidades e expectativas do consumidor final.
Distinguido com o Prémio Nacional de Design, em 1994, numa iniciativa do Centro Português de Design, Filipe Alarcão é co-autor do novo Museu de Arte Contemporânea de Elvas e está representado na colecção permanente do MUDE.
Marco Sousa Santos
Licenciado em Design de Produto pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Marco Sousa Santos é membro fundador do emblemático estúdio português Photodesign (1999/2001), bem como da plataforma cultural experimentadesign (1998), tendo fundado o seu próprio espaço, em 2002.
As suas peças têm integrado exposições nos prestigiados Victoria and Albert Museum (Reino Unido), Triennale di Milano (Itália) e Interieur Courtrait (Bélgica).
Paralelamente ao seu trabalho para grandes casas internacionais, Marco Sousa Santos tem dedicado a sua vida a projectos de autor exploratórios, centrados em determinado material ou tipologia, questionando de modo incisivo, desafiando ideias e fronteiras pré-concebidas.
Nendo
Dar às pessoas um momento “!” e desvendar o enorme potencial para “!”, oculto no nosso quotidiano. Entenda-se isto como factor “uau”, de surpresa, humor e novidade que, segundo Nendo, torna as nossas vidas mais interessantes.
A sua missão é reintroduzir este efeito no nosso dia-a-dia, através de objectos e dispositivos fáceis de entender e manusear. Ao propor formas alternativas de solucionar problemas, realizar tarefas ou organizar o espaço que nos rodeia, as criações de Nendo proporcionam-nos experiências únicas.
O trabalho, tão produtivo quanto diversificado, engloba mobiliário, decoração, iluminação e objectos utilitários; design de exposição, de embalagem e de interiores, projectos especiais e instalações.
Com escritórios em Tóquio e Milão, este colectivo é liderado por Oki Sato, que fundou Nendo em 2002, após concluir o mestrado em Arquitectura na Universidade de Waseda.
Raw Edges
Sob o nome de Raw Edges, Yael Mer e Shay Alkalay perseguem um sonho comum: conceber objectos nunca antes vistos.
Enquanto Yael se interessa pela transformação de materiais bidimensionais em formas funcionais curvas, Shay centra-se na forma como as peças se movem, funcionam e reagem.
Desde a exposição de finalistas do mestrado em Design de Produto na Royal College of Art, em 2006, em que foram colegas, têm sido distinguidos com prestigiados prémios.
Ao mesmo tempo que as suas criações integram as colecções do MOMA e do The Design Museum London, o duo produz também peças únicas e edições limitadas, no seu estúdio na capital inglesa.
Daniel Caramelo
Depois de ter completado a licenciatura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, o designer industrial Daniel Caramelo trabalhou três anos em Barcelona. De regresso a Lisboa, funda o estúdio Linhabranca com Bárbara Fachada, torna-se sócio-fundador da Diverge Design, onde dirige o departamento de design, desenvolvendo em paralelo os seus projectos individuais, que têm sido produzidos, publicados e expostos dentro e fora de portas.
Uma visão analítica e a capacidade de apurar formas enquanto optimiza a função são alguns dos pontos-chave do seu processo criativo.
Pedrita
Pedrita, ou mais concretamente, Rita João e Pedro Ferreira. Licenciados em Design pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, estudaram ainda na Tu Delft (no caso de Rita) e no Politécnico de Milão (Pedro).
Em Setembro de 2002 iniciaram a sua actividade na Fabrica, onde viriam a ser responsáveis pela coordenação do departamento de Design 3D, em 2004.
De regresso a Lisboa no ano seguinte, fundaram o atelier Pedrita, onde têm desenvolvido diversos e distintos trabalhos em colaboração com outras entidades, criadores e clientes do mundo inteiro.
Inspiradas pelas formas e técnicas tradicionais portuguesas, as obras dos Pedrita investigam e questionam a cultura material – presente e passada – em projectos onde a pureza se entrelaça na simplicidade expressiva.
Inga Sempé
Natural de Paris, onde reside e desenvolve a sua actividade, Inga Sempé formou-se pela ENSCI – Les Ateliers (École Nationale Supérieure de Création Industrielle), em Paris, no ano de 1993. Desde então, tem vindo a construir um fantástico portfólio de projectos que passam pelo mobiliário e iluminação, pequenas peças decorativas e utilitárias, e tecidos.
Em 2000 estabelece o seu estúdio na capital francesa, trabalhando actualmente com grandes marcas internacionais.
Vencedora do Grand Prix de la Création en Design de la Ville de Paris, em 2003, o trabalho da designer protagonizou uma exposição individual no Musée des Arts Décoratifs de Paris, nesse mesmo ano.
Distinguida com o Best Designer Award, em 2011, pela Elle Décor International, as peças de Inga baseiam-se numa abordagem lúdica às funções e volumes, combinando linhas elegantemente limpas com a selecção e tratamento minucioso dos materiais.
A cortiça é o material mais seguro para as suas crianças brincarem!
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